Malcolm X foi uma figura central no movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos durante a década de 1960. Nascido Malcolm Little em 19 de maio de 1925, em Omaha, Nebraska, ele se tornou um dos líderes mais influentes e controversos da Nação do Islã, uma organização islâmica afro-americana.
Malcolm X passou sua infância em um ambiente marcado pela discriminação racial e pela violência. Seu pai, Earl Little, um pregador batista, foi assassinado quando Malcolm tinha seis anos, e sua mãe, Louise Little, sofreu um colapso nervoso e foi internada em um hospital psiquiátrico. Malcolm e seus irmãos foram colocados em lares adotivos e orfanatos.
Na adolescência, Malcolm se mudou para Boston e depois para Nova York, onde se envolveu em atividades criminosas, incluindo tráfico de drogas e roubo. Em 1946, foi preso e condenado a dez anos de prisão. Foi durante seu tempo na prisão que Malcolm começou a se interessar pelo Islam e pela Nação do Islã, uma organização fundada por Elijah Muhammad. Ele adotou o nome Malcolm X para simbolizar sua rejeição ao sobrenome “Little”, que considerava um legado da escravidão.
Após sua libertação em 1952, Malcolm X se tornou um ministro da Nação do Islã e rapidamente ganhou destaque por suas habilidades oratórias e sua mensagem de empoderamento racial. Ele defendia a separação racial e a criação de um estado negro independente dentro dos Estados Unidos. Sua retórica inflamada e suas críticas ao racismo e à opressão atraíram muitos seguidores, mas também geraram controvérsia e oposição.
Em 1964, Malcolm X rompeu com a Nação do Islã após descobrir que Elijah Muhammad havia tido várias amantes e filhos ilegítimos. Ele então fez uma peregrinação a Meca, onde se converteu ao Islam ortodoxo e adotou o nome El-Hajj Malik El-Shabazz. Após sua conversão, Malcolm X modificou suas visões, passando a defender a unidade entre todas as raças e a luta contra a opressão em um contexto global.
No entanto, sua vida foi tragicamente interrompida em 21 de fevereiro de 1965, quando foi assassinado a tiros durante um discurso em Nova York. Seu legado continua a influenciar movimentos sociais e políticos ao redor do mundo, e ele é lembrado como um símbolo de resistência e luta pelos direitos civis.
Malcolm X deixou um impacto duradouro na história dos Estados Unidos e no movimento pelos direitos civis. Sua biografia, “A Autobiografia de Malcolm X”, escrita em colaboração com Alex Haley, é um dos livros mais influentes sobre a luta contra o racismo e a busca por justiça social.